Chove, não chove? Faz vento, não faz vento? Chuva nem por isso, mas vento fez com fartura naquele sábado que, apesar de tudo, de todas as limitações, proporcionou uma manhã de boa memória. O italiano Gipsy Ryfina, por cá para uma digressão nacional, aventurou-se connosco nas ruas apertadas do Porto e, assim que encontramos um cantinho mais abrigado da intempérie, paramos para registar o momento. Com a guitarra ligada de uma forma apenas metafórica, sem necessidade de electricidade, Gipsy Ryfina cantou os seus blues de costas voltadas para a Ponte de D. Luís. Por uma questão logística, entenda-se, que o italiano é bem apreciados dos encantos a cidade dita invicta. Sem acordar os vizinhos, "Panic Blues" fez-se ouvir naquelas ruas pequenas como se fossem a sua banda-sonora mais imediata. Exagero? Se tivessem estado lá teriam percebido. E agora é quase como se lá tivessem estado.