Dentro de uma piscina com temperaturas pouco aconselháveis para um dia de Verão, conseguimos convencer Cruzes Credo, que é como quem diz João Nogueira, a deixar a boa vida de Barcelos naqueles dias quentes de Julho e transpirar pela arte. Literalmente. Do lado de lá da janela, dezenas ou centenas de foliões queimavam os últimos minutos de piscina daquele dia, cumprindo uma das tradições mais célebres do Milhões de Festa. Do lado de cá, Cruzes Credo deixa-se enrolar por loops de guitarra e sons que contrastavam - e de que maneira - com o que se passava do outro lado. São as duas faces de uma mesma moeda; a semana em que Barcelos se transforma numa espécie de meca de todas as músicas, todas as cores, todos os ritmos.