Em conversas preparatórias, a brasileira Barbara Eugenia confessou-nos a certa altura que tinha uma canção ao piano que queria partilhar connosco. E nós quisemos tornar essa ideia em realidade. Horas antes do concerto que daria com o compatriota Tata Aeroplano no Maus Hábitos, na cidade do Porto, sentamos a brasileira ao piano residente da sala, um instrumento com ar de ter histórias para contar, e deixamos o resto entre os dois. Não foi ao primeiro take, nem ao segundo, não foi sequer ao terceiro. Foram necessários alguns takes até que Barbara Eugenia conseguisse entregar-nos a canção exactamente tal qual queria. E assim conseguiu: como se não estivesse mais ninguém à sua volta, como se fosse a última canção do universo, como se fosse a última coisa que fizesse na sua vida. Não podíamos pedir-lhe mais.