40/Jesse Malin
03 Nov 2011
Pouco depois de terminado o concerto de Ryan Adams no belo e histórico Teatro Sá da Bandeira, no Porto, já todos tinham seguido há muito em direcção às suas casas, o norte-americano Jesse Malin, que assegurou a primeira parte naquela noite de Junho, aceitou abrir mão do seu cancioneiro para uma plateia já vazia e despida - já a madrugada seguia o seu curso normal. De guitarra na mão, chapéu na cabeça e a boca perto do coração, entregou-nos, de forma intimista, uma canção "velha" ("Going out west", de The Heat, editado em 2004) e outra nova ("San Francisco"), mostrando as raízes de Jesse Malin, escritor de canções e sonhador, sem recurso a qualquer tipo de camuflagens ou escudando-se em segredos. Duas canções: a primeira, dentro do teatro; a segunda, no corredor de acesso ao bar, onde se apagam tantas vezes as mágoas que levam pessoas como Jesse Malin a uma vida dedicada a este métier, que no seu caso, mais do que uma escolha, parece uma enorme inevitabilidade.
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